Felizmente, o termo super-dotação hoje se encontra obsoleto e, aos poucos, dá lugar à nova nomenclatura “altas habilidades”. Quando mais utilizada, num passado bem recente, esta nomenclatura criava equívocos em relação a este tema, pois fazia surgir a ideia de gênios e prodígios com Inteligência acima do convencional em todas as áreas do conhecimento e da vida. Esta ilusão criava uma situação de expectativa exagerada em relação ao indivíduo que, tendo que corresponder a estas expectativas, muitas vezes sentia-se obrigado a possuir outras habilidades além das realmente existentes. Hoje se sabe que o indivíduo pode ser um grande gênio na área do raciocínio lógico-matemático e ter pouca aptidão para o português por exemplo. O termo altas habilidades, além de menos opressor, permite uma compreensão maior e um conceito mais fiel a esta necessidade educacional especial destes indivíduos.
A flexibilidade curricular e atividades extra - curriculares devem existir em qualquer circunstancia, com ou sem a identificação de alunos com altas habilidades. Na verdade, elas devem ser o ponto de partida para a identificação de altas habilidades, bem como de “outras” habilidades. São também condições essenciais para possibilitar o aproveitamento, exploração e desenvolvimento destas aptidões, que muitas vezes permanecem escondidas ou suprimidas por falta de oportunidade de aparecerem e de serem exploradas.
Nas escolas, é importante valorizar atividades extra curriculares (como projetos) em que os alunos desfrutem de atividades esportivas e artísticas. É importante lembrar que o AEE para altas habilidades é de natureza suplementar e complementar.
Sandra Helena Castro dos Santos
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